domingo, 7 de dezembro de 2008

... Eu parado na porta às quatro da manhã. Você indo embora. Eu me perdendo então desamparado entre cinzeiros cheios e garrafas vazias. Você indo embora. Eu indeciso entre beber um pouco mais ou procurar uma beata em plena devastação ou lavar copos bater sofás guardar discos mastigar algum verso adoçando o inevitável amargo despertar para depois deitar partir morrer sonhar quem sabe. Você indo embora. Acordar na manhã seguinte com gosto de corrimão de escada na boca: mais frustração que ressaca, desgosto generalizado que aspirina alguma cura. Tocaria o telefone? Você indo embora, fotograma repetido. Na montagem, intercalar. Você indo embora, você indo embora.

2 comentários:

a.r.k. disse...

não vou embora, não vou embora ><

Jon Nihill disse...

Acordar de manhã com aquele gosto de morango mofado na boca, que de tanto tempo você acaba se acostumando.