domingo, 27 de janeiro de 2008

Cotidiano nº 2.

E amanhã começa tudo novamente. As mesmas angústias, os mesmos anseios, as mesmas pessoas, (algumas novas é claro) a mesma rotina. Como estou chegando ao meu penúltimo ano escolar, parei para refletir acerca dessa realidade, que daqui a tão pouco tempo vai ficar pra trás.

Confesso que nunca tinha parado pra pensar como eu vou sentir saudades de tudo isso. De todos os professores, até os que me fizeram chorar algumas vezes. De todas as provas, até as que me fizeram perder tardes inteiras estudando. Quantas vezes reclamei de tudo isso, de ter de ir à escola todos os dias, de professores incapazes, de aulas chatas.

A gente só percebe o quanto uma coisa é importante, quando a perde. Ou então, quando está prestes a perdê-la. Quando paro pra pensar que ano que vem acaba tudo isso, e que eu tenho um vestibular pra prestar, e responsabilidades enormes cairão em cima de mim, confesso que me sinto assustada. Mudanças sempre me assustaram.

Mas junto desse receio vem uma certeza de um futuro lindo, de conhecer pessoas cujo pensamento seja igual o meu, que gostem das mesmas coisas, tenham os mesmos objetivos... qualquer pessoa que me conheça bem sabe que isso é o que eu mais sinto falta hoje em dia.

Podem me chamar de confusa, mas mesmo sabendo que vou morrer de saudades de tudo isso, eu não vejo a hora de chegar lá, no futuro bonito que eu sei que está guardadinho pra mim a partir do momento que eu pisar na faculdade. O que eu acho mais curioso, é toda essa certeza que eu tenho de um futuro bom pra mim, mesmo sendo a pessoa mais pessimista do mundo. Acho que esse é o único lado que eu consigo encarar com otimismo na minha vida. E isso é bom, afinal, não é o futuro que guarda o desenlace de todos os conflitos da nossa vida?

"At the final moment, I cried. I always cry at endings."

3 comentários:

Desafinada; disse...

Ah esse título..

Zé(d's) disse...

é bom pensar num futuro positivo mesmo. mas não ache que na faculdade todos pensaram bonitinho como você. digo por experiencia propria... talvez sejam mais dos que os de hoje... uns 4... ou 5... no máximo. vai por mim.

Enzo Braga Bittencourt Chinelatto disse...

Querida Ju, o teu futuro é um punhado de folhas em branco esperando você preenchê-las. E suas páginas, de alegria e tristeza, de certeza e dúvida, suas páginas serão de enorme beleza. Tenho a mais sincera certeza disso.
Belo texto, como sempre.